Meu nome é Herman Gomes Silvani. Sou/estou professor de humanas e sociais (filosofia, linguagem, sociologia e história); Taoísta (filosoficamente e espiritualmente); Também tenho vínculos com as Artes, como escritor, compositor musical e fotógrafo; além de eterno estudante e professor de Wing Tjun Kung Fu e Chi Kung - e praticante de Tai Chi.
Breve contexto:
Iniciei meu caminho no Kung Fu em meados de 1990, naquilo que chamávamos na época de ‘Shaolin’, com um professor muito conhecido na cidade (Chapecó/SC), chamado Zeu (também tive alguma experiência em Karatê, não me adaptando). Inspirado nas revistas de Kung Fu, bastante comuns na época, e nos filmes de Bruce Lee. Foi então que conheci o sistema Wing Chun. Acessei e pratiquei WT do ‘modo’ Ip Man, experienciando duas vertentes vindas de dois mestres que estão entre os maiores alunos do mestre Ip. São eles os sifu’s Wong Shun Leung e Leung Ting, e seus respectivos ‘modos’, a partir de um professor que se chamava Marcelo, encerrando o segundo nível (Chum Kiu) de ambos os ‘modos’ (além de aspectos da Biu Tze, Muk Yan Chong e Bart Chan Dao).
Um tempo depois,
conheci outra pessoa que praticava Kung Fu, e que trabalhou e estudou por alguns anos no
sudeste asiático (Vietnam, Indonésia e Taiwan), chamado Arthur. E foi dessa região que ele trouxe alguns de
seus conhecimentos em Kung Fu e ‘artes internas’. Foi com ele que aprendi aspectos fundamentais do Wing e Weng Chun Kuen, Garça Branca, Chi Kung e Tai Chi, além de elementos da Serpente e de um estilo que hoje sei, se chama Chu Kar. * A partir de 2015 é que fui buscar as raízes ou origens do nosso Kung Fu, formalmente falando.
Nos anos 90 eu era muito jovem, mas bastante dedicado. Na época não ligava muito para a origem dos estilos, linhagens, etc. Os treinos eram praticamente diários, entre os locais de treino e em
casa. Este período durou cerca de 3 anos. Jogava também futsal, e por
imaturidade, acabei lesionando os joelhos. Então tive que, oficialmente, parar com as práticas
‘marciais’. Os anos passaram e eu perdi contato com os professores, dos quais só gravei os nomes, mas fiquei ainda um tempo
praticando com colegas e amigos de prática, movido pela paixão.
Passei mais de 15 anos sem treinar com orientação direta de professores, mas segui praticando
esporadicamente, principalmente Chi Kung e alguns elementos do Tai Chi e do Kung
Fu. Retomei a prática mais concentrado em 2011. Foi então que, depois destes
anos, em 2012, voltei a treinar 'oficialmente' com um praticante muito habilidoso que foi por um tempo meu professor (novamente
no modo Ip Man e Shaolin), chamado Mauro Flores. Assim, aos poucos fui retomando
meus antigos conhecimentos e habilidades. Mais maduro ou consciente, estudando
mais concentrado e profundamente, as coisas passaram a ter mais sentido.
Em 2014 comecei
dar algumas aulas, substituindo o professor Mauro, que aos poucos desistiu de
lecionar. A mudança de paradigma veio em setembro do mesmo ano, quando tive a oportunidade de conhecer
pessoalmente o sifu holandês Sergio Pascal
Iadarola (um dos grandes sifu's do Kung Fu e artes internas mundial atualmente) em um
seminário especial que tive com ele e sua associação, a IWKA (Internal Wisdom and Knowledge Association), em Porto Alegre/RS. A partir deste contato com o
sifu Sergio e sua escola, foi que tive uma nova compreensão que me fez buscar as origens do meu conhecimento em Kung Fu. Com isso pude relacionar e somar meus
conhecimentos que de certo modo eram fragmentados, e assim aprimorar meu Kung Fu, entendendo que o principal
elemento não é a técnica ou o fator externo de um sistema ou estilo, mas sim,
sua essência. Esta compreensão possibilitou o desenvolvimento de um ‘modo’ de
Kung Fu, que hoje repasso aos meus alunos e ‘irmãos Kung Fu’. Nisso, movido por
esta mudança de perspectiva e pela necessidade, busquei meu caminho para
integrar o conhecimento fragmentado que possuía. Com esta nova compreensão,
pude unir conhecimentos (os citados acima no início deste texto) e não
isolá-los, como fazia anteriormente. Por isso este encontro com o sifu Sergio e
IWKA foi fundamental. Um ‘divisor de águas’! Em dezembro do mesmo ano, trouxe para
Chapecó o então instrutor chefe da IWKA no Brasil, sihing Daniel Jaeger para
treinos a partir do currículo e metodologia IWKA na época. Depois, fiz algumas
aulas com ele nas minhas idas para Porto Alegre. No final daquele período,
havia sido oralmente admitido na IWKA, porém, Daniel se desvinculava nos mesmos
dias da associação, o que impossibilitou minha adesão formal à ela, já que era
ele o responsável por isso no Brasil.
Depois disso,
ainda tive outras experiências (informais) com outras artes marciais (testes e
estudos). Retomei a pratica de Chi Kung (oficialmente)
com uma professora chamada Rose. Com isso também tornei a aprofundar-me nos
estudos filosóficos taoístas, budistas e confucionistas, incorporando o taoísmo
filosófico em aspectos da minha vida e práticas cotidianas, e como base
orientadora do meu Kung Fu e da associação. Foi então que resolvi desenvolver um currículo
próprio, baseado nos conhecimentos que adquiri em todo este tempo.
Movido por uma
necessidade de ter um currículo coerente com a realidade local, minha e de meus
alunos/irmãos Kung Fu, nasceu assim, em 2015, a AFWK (Associação Fluir Wing
Tjun Kung Fu).
"Aquele que souber adaptar-se será preservado
até o fim" (Lao-Tsé)
(Obs.: não pertencemos ou seguimos uma linhagem em específico, por isso os mestres mencionados são referências, inspirações ou influências, outros, fazem parte de nossa base conceitual/teórica e/ou prática)
GM Sifu Sergio Iadarola (IWKA) e Herman Silvani (professor AFWK), 2014
Seminário (treino especial) IWKA em Porto Alegre/RS, com Sifu Sergio, 2014
Seminário/treino em Chapecó/SC (2014), com o então sihing Daniel Jaeger, IWKA Porto Alegre
Herman Silvani (aluno no contexto), professor Mauro Flores e aluno Maurício Gomes - Wing Chun e Kung Fu 'Shaolin', 2013
Praticando Chi Kung, ritual do chá e primeira 'passagem de nível' da AFWK, 2016
AFWK, alguns alunos/as (aula/encontro, primeira passagem de nível), 2016
AFWK, alguns alunos (aula/encontro, ritual do chá e segunda passagem de nível), 2017
Pratica de Chi Kung junto a natureza, em praça pública, 2018
Chi Sao / Tui Sao (práticas de Wing Tjun e Tai Chi Chuan junto a natureza)
Cerimônia do chá (Bai Si) e 3ª passagem de nível da AFWK, 2018
Estudo taoista, a partir das obras fundamentais e homenagem a memória de grandes mestres que nos inspiram, são bases e referências da AFWK.
* fotos: Liza Bueno.
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