quarta-feira, 20 de junho de 2018

Símbolos/Artes AFWK: significados!

Símbolo/Arte Wing Tjun - AFWK (logo marca I):


O Triângulo (grande)

Um dos principais e mais populares elementos/símbolos do(s) sistema(s)  Wing Chun e/ou Weng Chun Kuen. Representa a forma de movimentação/ação do praticante, que é ‘triangular’. Um modo de ‘operar’ buscando a ‘linha central’. Na logo, ponta para baixo, penetrando ou perfurando um círculo, que por sua vez, representa um corpo aberto.   

Dentro do grande Triângulo:

A Flor de Ameixeira chinesa

Outro entre os principais e mais populares elementos/símbolos do sistema. Representa a ‘primavera’, estação que simboliza o renascimento, a regeneração, o rejuvecimento, o sempre novo, a resistência dentro do tempo, a continuidade, a energia e a intensidade desta estação (do ‘estilo’).

O caractere ('logograma/ideograma’)

Significa ‘Eternidade’ ou ‘Eterna’. É o termo que inicia o nome do sistema. Somado, visualizado dentro do contexto (arte), junto à flor de ameixeira, formam o nome do sistema:  “Eterna Primavera”.

O Espiral

Representa a energia, como ela flui, transita, se move. Também representa a forma ou modo das aplicações ou golpes do sistema, que são em espiral ou ondulados, como os ataques de uma serpente, como as ondas do mar que carregam e geram um enorme fluxo de energia,  sendo a Serpente um dos animais-símbolo do WT (a partir do ‘motor serpente’ e de alguns movimentos), junto a Garça Branca.

A ponta do triângulo (ou o ‘pequeno triângulo’)

Representa a energia concentrada, a cabeça de uma serpente ou o bico de uma garça, assim como, a ponta de uma flexa ou o final de um raio (seu ponto de impacto), onde a energia se concentra no seu estágio final de fluxo e potência, e perfura o bloqueio do corpo (represetado pelo círculo grande). É a ponta do espiral que representa a energia saída da flor de ameixeira que traz em si, no seu interior ou âmago a ‘eternidade’ ou o ‘eterno’ (ideograma), ou seja, o próprio sistema em sua totalidade e unidade. 

O círculo pequeno aberto

Representa a mente que precisa estar ‘aberta’, serena, relaxada, não cheia, para que o conhecimento possa ser adquirido e as percepções possam integrá-la. ‘Consciência e atenção plenas’ para uma mente abrangente e equilibrada.

O círculo pequeno fechado

Representa o corpo (‘terreno’ ou ‘território’) que deve estar ‘completo’ e ‘fechado’, em uma ‘unidade’, no sentido de ter estabilidade, equilíbrio (elemento ‘terra’) e ser uma ‘fortaleza’, um espaço de terra arborizado, como uma floresta, cheio de energia.

Fora ou externo ao grande Triângulo:

O círculo grande (aberto)

Representa um ‘terreno’ ou ‘território’ aberto (‘corpo aberto’), perfurado pelo ‘triângulo’ (por um contra-ataque/ataque) do sistema WT.


Símbolo/Arte Wing Tjun -  AFWK (logo marca II):


As mãos abertas

Representam parte significativa das formas de braços (mãos abertas) do sistema WT, assim como, sendo as palmas das mãos, um dos locais por onde a energia interna mais flui para fora do corpo. Também simboliza ‘as mãos do Chi Kung’ e asas abertas.

Os caracteres ('logogramas/ideogramas’)

Da esquerda para a direita, significa “Eterna Primavera”, o nome do sistema Wing/Weng Tjun que, em forma de energia interna (Chi), saem do corpo pela palma das mãos para o mundo externo.

O Ying-Yang (Tai Chi)

É o símbolo do Tai Chi, também conhecido como Ying-Yang, que representa os ‘polos de energia’ que se integram e vivem em constante movimento, gerando o fluxo de energia que é o ‘motor da vida’. Culturalmente e históricamente usado pelo taoísmo, principal base filosófica, teórica e conceitual do Chi Kung, do Tai Chi (Chuan) e do Fluir Wing Tjun Kung Fu.

A Garça e a Serpente

Garça Branca e Serpente são os ‘animais-símbolo’ do Wing Tjun (dentro do Ying-Yang). A Garça pelos movimentos, aplicações e posturas, assim como por parte das técnicas e conhecimentos ‘marciais’ que compõem o sistema, a Serpente também, mas, principalmente, pelo ‘motor’ que gera os movimentos (espirais e ondulados) do WT. 


* Criação/conceitos: Herman Silvani
* Projeto: Marcelo Vale
* Arte final/produção: Otávio V. Gomes
* Colaboração: Liza A. Bueno e Maurício V. Gomes


- Novos uniformes/camisetas AFWK WT (preta/dourado: professor, azul marinho/prata: alunos/as):





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Símbolo/Arte Fluir Chi Kung - AFWK

A árvore

Simboliza a natureza, a vida. A mãe natureza que nos fornece ar e energia. A energia do ar, dos alimentos, da vida.

O Ying-Yang (Tai Chi)

Ver conceito no conteúdo anterior (Símbolo/Arte Wing Tjun). O Ying-Yang no centro da árvore e do contexto (floresta), é a energia concentrada em movimento que gera vida. Também representa o equilíbrio. 

A luz (raio de luz)

A luz que transpassa o olho do Ying-Yang como um raio, é a energia em fluxo (girando com o Ying-Yang e iluminando o caminho e o mundo.


O Céu

(Acima e ao fundo da árvore) é a noite repleta de estrelas, simbolizando a fluência, o espaço sideral, o eterno, o cosmos celeste que fornece a ‘energia do ceú’ ao ser humano.

A Terra

Representa estabilidade, o chão que fornece a ‘energia da terra’ ao ser humano.

A Raiz

Representa o ‘aterramento’ o ‘enraizamento’, típicos da base, da postura equilibrada e que recebe energia da terra na prática do Chi Kung.

A floresta

Simboliza a natureza, a vida, o lugar de onde recebemos a energia vital.

O tronco espiral

Representa a integração da terra com a árvore, a partir da raiz, integrando também o céu através dos galhos da árvore e do ar. O espiral é o símbolo da energia, pois ela viaja dentro do espiral, assim como vários dos movimentos do Chi Kung que são espirais ou ondas de energia.

Os fungos na logo-marca

Representam uma forma de vida primeira, assim como, o ‘dualismo’ entre vida e morte, onde o mesmo elemento que gera energia, alimento (e tem papel fundamental na vida), também pode causar a morte (que, a partir do taoismo, é transformação, e não fim). Um ser vivo, alta ‘tecnologia’ da natureza.


* Criação/conceitos: Herman Silvani
* Arte final/produção: Otávio V. Gomes
* Colaboração: Liza A. Bueno, Maurício V. Gomes e Antônio V. Gomes

- Camiseta Fluir Chi Kung (AFWK):






























domingo, 17 de junho de 2018

A arte da aproximação no Kung Fu

(análise a partir de ‘A arte da guerra’ de Sun Tzu)

O sistema Wing Tjun (Wing Chun e/ou o Weng Chun Kuen), também é conhecido como a ‘arte da aproximação’. Neste(s) sistema(s) se parte de uma distância para se chegar à outra, ou seja, do espaço maior para o menor, numa ação de contra-ataque (característica do sistema). Sei que outros estilos ou escolas de Kung Fu também partem deste princípio e agem neste sentido, portanto, esta análise e/ou problematização, vai além do sistema WT.

"Mantenha os amigos sempre perto de você e os inimigos mais perto ainda" (Tao Te Ching - Lao Tse)

Referente ao título deste texto, a problemática que trago diz respeito à alguns praticantes e escolas que interpretam e praticam como se a ‘distância curta’ fosse a única possível, ‘engessando’ assim o WT, que pode (ou é) muito dinâmico e rico em possibilidades. Manter-se próximo demais, em muitos casos, pode ser uma atitude um tanto arriscada (senão equivocada) deste pensamento e desta ação. No nosso ‘modo’ (Fluir Wing Tjun), partimos da ‘distância média’ dentro da ação, para, daí sim, o encurtamento. Mas para isso, é fundamental o conceito de ‘ponte’. ‘Criar uma ponte’ significa chegar com seu membro no membro do oponente, porém, não é simplesmente isso. É necessário, nesta ação, ter conhecimento e domínio técnico da ‘aderência’ ou ‘colagem’. Ou seja, é fundamental ‘controlar’ o oponente através do controle ou domínio da ‘ponte’, tendo a ponte para si, pois ela serve para ambos, portanto, podendo ser dos dois. Aí, além do conhecimento e domínio (teórico e prático) do conceito, outro fator impreensindível é a habilidade que faz chegar antes.

Geralmente, os ‘contra-ataques’ mais efetivos e contundentes do WT partem da ‘distância curta’, algo típico do sistema. Mas, penso que existe uma confusão quando se afirma isso sem o devido contexto, sem as devidas técnicas e abordagens do tema, que é maior do que simplesmente ter esta distância como algo único à ser pensado e praticado. Para ser efetivamente ‘defensivo’ (ou seja, ser uma ‘auto-defesa’ – falo aqui em proatividade, no caso, antecipação), é necessário antes ter uma boa sensibilidade e visão (questão de ‘inteligência marcial’ e/ou estratégia). Na importante obra ‘A arte da guerra’, Sun Tzu ensina que “é melhor ganhar a guerra antes mesmo de desembainhar a espada”. Ou seja, ‘a melhor vitória é aquela que se vence sem precisar lutar’. E isso é que é ‘defensivo’, no seu sentido mais ‘puro’. Quando se necessita usar o corpo para se defender e atacar, já não se é mais tão defensivo quanto comumente se diz ou se vende no discurso publicitário de algumas academias ou escolas marciais por aí. Porém, às vezes, o uso do corpo pode acontecer. Por isso, precisamos praticar a modo de estarmos preparados também para o uso técnico e consciente das habilidades que são possíveis pelo bom uso dos movimentos corporais (e da ‘inteligência marcial’ que é estratégica e sensível). Quando as habilidades físicas e técnicas estiverem mais aprimoradas, técnica e consciência se tornam ‘naturais’, ou seja, passamos a ter os movimentos e o uso da energia (força interna-externa) como algo ‘natural’, como se fossem ‘automáticos’, sem que precisemos pensar muito. Aí o corpo e seus movimentos passam a ter o importante ‘equilíbrio’ com a mente e a energia. Mente e corpo relaxados e flexíveis, dinâmicos. Energia bem utilizada. E é isso que a prática bem orientada, concentrada, aprofundada, dinamizada, flexível, gera: ‘fluência e habilidade’ (além do bom uso da energia interna que diminui consideravelmente o desgaste e a força físicos).

No Capítulo VII, de ‘A arte da guerra’, intitulado ‘Da arte do confronto’, Sun Tzu anotou que “é preciso tornar próximo o que está distante”. E é aqui que entra a habilidade já comentada acima, de saber lidar com as duas ‘distâncias de ação’ (considerando o conceito taoista de ‘não-ação’ e do próprio Wing Tjun de ‘não-luta’). No mesmo capítulo, o mestre Tzu continua: “É preciso estares perto quando o inimigo acredita que estás longe; (...) atacá-lo quando ele menos espera, e sem que ele possa reagir.” Aí entra a habilidade desenvolvida com a prática e o conhecimento do conceito e domínio da ‘ponte’ na prática. Também trabalhamos aqui com o conceito de ‘vento’ ou ‘fogo’ (elementos simbólicos a partir da natureza), estudados e praticados em algumas escolas de Kung Fu e/ou WT, como ‘intensidade’ (que se integra com velocidade) dos movimentos e aplicações (ataques e defesas). Neste mesmo contexto, Tzu segue dizendo que é fundamental “te manteres em constante vigilância para não seres surpreendido, (...) para aproveitar o momento exato de surpreender o adversário.” Em outro momento, continua: “Se for preciso ficar firme em teu posto, fica imóvel como uma montanha. Se tiveres que sair para pilhar, age rápido como o fogo (...) como o relâmpago.” Aqui aplicamos outro conceito de cunho taoista, a ‘atenção plena’ ou ‘consciência plena’, que acontece a partir das práticas de Chi Kung e meditação, o que também chamamos de ‘mergulho no vazio’ (além do elemento de intensidade ‘fogo’, já citado acima). Depois chama a atenção: “Evita movimentos inúteis”. Aqui uma concepção presente no sistema WT, o de ‘economia de movimentos’, que se aproxima ao conceito taoista de ‘equilíbrio’ (‘nem muito, nem pouco, o suficiente’), assim como o budista de ‘o caminho do meio’. Ambos aplicáveis e substantivos, neste caso.

A partir do conceito de ‘ponte’, ‘dissimulamos’. Ou seja, aplicamos contra-golpes ‘invisíveis’ ao oponente, através de caminhos inusitados, da ‘inteligência marcial ou estratégica’, e mais que isso, através da ‘naturalidade’ dos movimentos físico-corporais, adquiridos pelos estudos teórico-conceituas e pela prática. Referente a isso, Tzu nos diz: “Assim, elege uma via indireta e confunde o inimigo, enganando-o. Dessa forma, poderás colocar-te a caminho depois dele e chegar antes. Aquele que for capaz disso, compreende o significado da abordagem direta e indireta.” Relacionamos isso com a ideia estratégica de que ‘ponte feita ou aberta, entra, ponte fechada, dissimula para que se abra, uma vez aberta, não hesite, entra’. Por fim, referente a ‘arte da aproximação’, Tzu nos ensina que “Quem conhece a arte da aproximação direta e indireta será vitorioso. Eis a arte do confronto.” (ver Capítulo V de ‘A arte da guerra’: ‘Do confronto direto e indireto’).

Portanto, para o ‘confronto’ ser uma ‘arte’, deixando de ser apenas um mero confronto - ou um risco, e ser antes uma ‘auto-defesa’ (proatividade), é importante, no mínimo, que se pense e que se tenha certo domínio dos conceitos e elementos tratados acima. 



sexta-feira, 8 de junho de 2018

Elementos fundamentais para uma boa prática e 'vida Kung Fu'

Os “Três Tesouros”

Milênios de estudos, observações e experiências, fez com que estudiosos mestres taoístas afirmassem que a vida humana depende o livre movimento e transformação de três forças principais. No organismo humano, essas forças se manifestam como três diferentes substâncias ou energias – os chamados “três tesouros”: Ching (essência sexual), Chi (energia ou força vital) e Shen (espírito). Recebemos essas energias de várias fontes: nossos pais (hereditariedade), alimentos que ingerimos e o ar que respiramos (são algumas das principais), e através do que consumimos, pensamos e praticamos no dia-a-dia - assim como, da natureza, da terra e do ar, do que nos cerca e envolve no mundo. Pontos nas solas dos pés, na palma das mãos, no alto da cabeça, pela pele, entre outros centros de energia, são portas de entrada dessas energias. Nisso, várias práticas taoístas foram desenvolvidas para entrar em sintonia com essas energias, para melhor absorvê-las, assimilá-las, concentrá-las e cultivá-las.

“Chi original” e Tan  Tien: a alquimia interior

Uma das fontes de energia mais essenciais é a energia que recebemos hereditariamente, pela união sexual entre nossos pais, entre Yin e Yang: a essência sexual (Ching). O Chi original armazena-se principalmente no Tan Tien inferior, situado no centro de um triângulo cujos vértices são o umbigo, um ponto nas costas e o centro sexual. Comumente se aponta para baixo do umbigo a localização do Tan Tien. O Tan Tien inferior é a bateria mais importante do corpo, dando-lhe a energia intrínseca necessária à combustão e transformação das energias que recebemos dos alimentos, do ar, etc.

Chi Kung (artes internas): a prática humana da energia vital

Absorver, assimilar, concentrar, trabalhar, distribuir e cultivar a energia vital (Chi) pelo corpo, além da respiração e meditação (no meu caso e da AFWK, taoístas), se dá pela prática das ‘artes internas’ (Tai Chi Chuan, I-Chuan, Pakua, Wing Tjun interno, etc.), as quais tem o Chi Kung (cultivo ou trabalho com energia) como essência. Um conhecimento, uma prática milenar taoísta que faz fluir e equilibrar ‘mente, corpo, energia e espírito’. Como prática humana da energia vital, o Chi Kung (assim como as artes internas em geral), é um meio, um caminho para o bom cultivo da energia. Nisso, é fundamental certo domínio conceitual dos ‘três tesouros’ citados acima e conhecimento ou consciência do bom uso do Tan Tien. Respiração, concentração (atenção e conciência plenas), relaxamento (derretimento) e movimento físico-corporal-energético, são quesitos fundamentais na prática do Chi Kung. O Chi Kung, quando cotidianamente (habitus) praticado, além da vitalidade e do crescimento interior, melhora significativamente a prática do Kung Fu em seu sentido mais amplo e profundo.

(Herman Silvani, professor na AFWK)

Referência: ‘O Tao da respiração natural’, Dennis Lewis. 



domingo, 3 de junho de 2018

Algumas importantes obras para o estudo do Kung Fu

Na história do conhecimento, saberes e habilidades práticas são fundamentados na teoria, seja ela escrita ou não. Nisso, a teoria pode ter linguagens diferentes na sua forma escrita. A questão é que teoria e prática coexistem, ou seja, estão ligadas desde sempre. Mesmo sem que a teoria seja escrita (pode ser oral ou apenas reflexiva quando pessoal), ela existe na fundamentação da prática. Em alguns casos, é a prática, a experiência, que desenvolve a teoria. Nisso, temos o que pode ser chamado de ‘movimento dialético’. Referente ao Kung Fu (no nosso caso, da AFWK, em específico, o sistema Wing/Weng Chun), existem algumas obras escritas importantes (para nossa associação ou escola, fundamentais) para a compreensão, estudo e aprimoramento deste conhecimento, desta arte ou sistema. Nossa ‘linha’ de Kung Fu é taoista, mas também estudamos e temos conceitos e fundamentos budistas, outros vindos de Sun Tzu, e em menor grau, de Kung Fu-Tsu (Confúcio). São estas as principais bases filosóficas e conceituais da AFWK (além dos Kuen Kuit e Wu De, é claro!).

Na concepção do Fluir Kung Fu (AFWK), o bom (profundo, amplo, dinâmico) Kung Fu não é possível sem o estudo filosófico-conceitual, assim como o estudo teórico-técnico. Tudo posto em prática, é claro. Assim como, o aspecto ‘externo’ do Kung fu é mais refinado e melhorado quando praticado a partir do aspecto ‘interno’. Nisso, o Chi Kung (Qi Gong) e toda sua gama de conhecimentos e práticas (respiração, movimentos, intensidades, concentração, etc.) é fundamental. Também temos elementos do Tai Chi Chuan e I-Chuan neste quesito. Dentro de todo este panorama, enquanto professor de Kung Fu (Wing Tjun e Chi Kung), de filosofia, sociologia, história e linguagens (além de também ter meu caminho nas artes: poesia/literatura, música e fotografia), relaciono todos estes conhecimentos com o ‘conhecimento e vida Kung Fu’, o que me traz ótimos resultados práticos no dia-a-dia.

Nisso, indico algumas importantes (ou fundamentais) obras para professores, estudantes/praticantes de Kung Fu:


Tao Te Ching, O livro do caminho e da virtude - Lao Tse: principal obra do taoismo, fundamental para o estudo conceitual (teórico e filosófico) das artes internas, aplicável ao Kung Fu. Indico esta edição, com comentários do mestre taoista Wu Jyh Cherng, importantes para a boa leitura e interpretação dos textos:





















Chuang Tzu – escritos básicos: importantes reflexões de cunho filosófico. Depois ou junto a Lao Tse, o principal filósofo taoista: 



O Imperador Amarelo – fábulas, lendas e ensinamentos dos antigos mestres chineses: bela edição e essencial obra de cunho filosófico e poético, no aprimoramento da percepção e sensibilidade:





















A Arte da Guerra, Sun Tzu: obra que traz fundamentais aspectos estratégicos e filosóficos para a prática do bom Kung Fu: 


  
36 estratagemas - manual secreto da Arte da Guerra: tratado estratégico que teria sido difundido secretamente pelas sociedades revolucionárias antimanchurianas (onde o Wing/Weng Chun e outros estilos do sul da China, estão contextualizados):


























I Ching, O livro das Mutações: uma das principais obras da cultura chinesa e do taoismo. Indico esta edição, com contundente introdução do psicanalista Jung: 



Os analectos, Kung Fu-Tzu (Confúcio): copilação de ensinamentos de Confúcio, realizada pelos seus discípulos após sua morte. Importante obra para compreender o aspecto moral e educacional da China ‘tradicional’, e a relação de sua filosofia com as demais filosofias chinesas: