sábado, 11 de agosto de 2018

O Wing Tjun taoista da AFWK

Volta e meia, alguém, percebendo nosso ‘modo’ de Wing Tjun (às vezes não compreendendo bem do que se trata, devido a forma escrita ser diferente da mais usual, assim como, de alguns movimentos, posturas, formas, também diferirem do ‘modo’ mais difundido, que é o modo Ip Man), me pede sobre nossa linhagem, estilo ou modo.

O fato é que não temos uma linhagem em específico, o que temos é um ‘modo próprio' (como tantos outros existentes mundo a fora), filho da necessidade e realidade locais e da soma de alguns conhecimentos. Portanto, possuímos fundamentos e referências (o que compõem um currículo próprio) que nos proporcionam tal Caminho.

De uma maneira mais geral e ‘resumida’, nosso modo de WT tem referência no sul da China e sudeste asiático (Vietnã, Indonésia, Filipinas).  Na AFWK estudamos e praticamos os sistemas irmãos Wing Chun e Weng Chun Kuen, além de aspectos dos estilos Garça Branca e Serpente (antepassados familiares do WT), integrados as chamadas ‘artes internas’, sob tudo Chi Kung e Tai Chi (ênfase no estilo Pai Lin). Também algo de I-Chuan e 18 mãos de Lohan (Chi Kung / Garça Branca), e em menor grau, alguma relação com um estilo de Kung Fu chamado Chu Ka, e com o Pa Kua (estilo taoista). O WT da AFWK é ‘interno’ e ‘externo’ (pois praticamos os dois vieses).  

Grandes Mestres e seus ‘modos’, escolas ou linhagens, como Leung Jan, Yuen Chai Wan, Wang Xiang Zhai, Kwee King Yang, Ip Man, Liu Pai Lin, Tang Yik e Wu Lyh Cherng (entre outros), estão entre nossas principais bases e referências.

O WT da AFWK é taoista, e por isso também o chamamos de ‘Fluir Kung Fu’, onde nossa grande base filosófica-conceitual está nas sabedorias e conhecimentos deixados principalmente por Lao Tse e Chuang Tzu. Mas, com isso, não desconsideramos outras fontes, e estudamos e aplicamos em nossa prática conceitos vindos do budismo, confucionismo e de pensadores estrategistas como Sun Tsu.