Além das roupas que vestimos, das coisas que inventamos, das
maquinarias e tecnologias, dos ternos e gravatas, coroas e fardas, somos seres
naturais, parte de um todo que se chama natureza e que se chama vida. Porém,
com o passar do tempo, fomos perdendo o interesse pela natureza, pelas coisas
vivas que pulsam diante de nós, e muitas vezes já não percebemos isso. Pensando
em facilitar nosso trânsito na vida, criamos instrumentos que nos trouxeram
comodidade, distração e ganância. Assim, perdemos também o interesse pela vida
e a conexão com nosso íntimo e com a natureza (interna e externa). Nisso, a
vida perdeu seu valor para nós, e na maioria dos casos, nem sabemos disso.
Estamos doentes e cegos. Doentes de falta de percepção e sensibilidade.
O mundo é um grande pulmão, um grande rim, um grande coração,
cheio de energia, a energia que mantém a vida e que nos mantém vivos. Porém,
esta energia que pode ser boa, também pode ser ruim. E quando o mundo todo
padece de mazelas, como o ódio, a guerra, a fome, a violência, a destruição da
natureza, nós padecemos em desequilíbrio e diminuição significativa de energia
(Chi) positiva. Então, assim, estamos morrendo.
Somos e vivemos um todo. Mas, perdemos esta inteiração, esta
integração, esta noção de ser-estar natural junto à vida e ao outro. O mundo
sofre com isso, mas a morte é nossa, do nosso corpo, da nossa cultura, do nosso
espírito - humanos. Destruindo a natureza, destruímo-nos. Matando o outro,
matamo-nos. A natureza se transforma e sempre volta. Então, somos nós é que
morremos. A cada violência contra o próximo, contra a natureza, contra a vida.
Estamos condenados? Talvez! Mas, acredito que ainda há tempo e forma de mudar e
buscar de volta a vida, seu valor e a natureza.
A energia de cada um de nós, é a energia vital que há em nós.
Uma só energia que, ou está saudável, ou está doente. Somos seres naturais, mas
também culturais. Então, cabe a nós, cultivarmos. Cultivarmos a energia
positiva ou negativa, a paz ou a guerra, a tolerância ou a intolerância, a
flexibilidade ou a rigidez, a vida ou a morte. Energia que formando o todo,
também chamamos de ‘espírito’, de uma época, de um tempo, de um mundo, da vida. Portanto, o 'espírito do tempo, é o que fizemos dele'. Nisso, a escolha é nossa, é sua... Escolhe!
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